Celebrar o Natal é reviver

Por Hedre José

 

Todos os anos nos preparamos para o grande dia de toda a humanidade que é o nascimento de Jesus Cristo. As casas se enfeitam de cores, ornamentações, tudo com o único intuito, festejar da melhor forma o Natal.

Em nossas igrejas também acontecem transformações para esta grande celebração. Vimos ornamentações e símbolos que nos preparam não só para a festa, mas também para uma reflexão. Antes da celebração do Natal é tradicional termos a presença do presépio que retrata o momento do nascimento de Cristo e remonta todos os personagens que estiveram presentes para adorar o Salvador do mundo.

A presença de Deus é tão forte e precisa que até os animais participaram deste grandioso momento, mas também pessoas além de José e Maria estavam ali para prestar suas homenagens, são eles: o anjo, pastores e os reis magos – Melchior, Baltazar e Gaspar.

Cada um dos reis magos trouxe presentes para ofertar a Jesus – ouro, incenso e mirra. Mas porque uma criança que acabara de nascer ganharia presentes como esses? Saiba o porquê. Ouro representa o que é Jesus desde a eternidade: ele é o Rei. O incenso simboliza a perfeição da vida de Jesus, totalmente sem pecado. Ele é o filho de Deus, foi o “Cordeiro sem defeito e sem mácula”, branco e brilhante, puro e perfeito (1 Pedro 1.19). A mirra é uma erva e vem como elemento que aparece nos sofrimentos de Jesus, cuja a vida foi toda um aroma suave diante do Pai.

O presépio é um dos símbolos mais fortes deste tempo e é encontrado nas igrejas católicas e também é muito comum na casa dos cristãos.

Presépio

Na história, o presépio é talvez a mais antiga caracterização do Natal que encontramos. O primeiro a fazer foi São Francisco de Assis, na cidade de italiana de Greccio, em 1223 e, foi o primeiro a usar manjedoura com figuras esculpidas formando um presépio como conhecemos hoje.

A motivação aconteceu quando após leituras de longas noites dedicadas à oração, ao se deparar com um trecho da leitura de São Lucas que retrata o momento do nascimento de Cristo. Após a leitura resolveu montar em tamanho natural, em uma gruta de sua cidade. O que restou desta grandiosa obra de arte e de fé, se encontra atualmente na Basílica de Santa Maria Maior em Roma.

Em hebraico a palavra presépio significa “a manjedoura dos animais” mais é usada frequentemente para indicar o próprio estábulo. Segundo a história, conta-se que naquela noite de celebração especial, enquanto São Francisco proferia o evangelho sobre o nascimento do Menino Jesus, todos puderam ver uma criança em seu colo, envolvida num raio de luz. Este momento foi narrado por Tommaso de Celano, em 1229, o mesmo foi biógrafo de Francisco.

Além do presépio há mais símbolos existentes que a igreja une ao sentimento do Natal, muitos deles mantêm sua referência ao Menino Jesus ou também a atitudes de pessoas que puseram ao serviço do amor ao próximo se doando a ofertar o amor, um pouco de si inspirados pela ação do Espírito.

Papai Noel

Ele foi inspirado no bispo Nicolau, que viveu e pontificou na cidade de Myra, Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos.

Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo. Nos Estados Unidos, a tradição do velhinho de barba comprida e roupas vermelhas que anda num trenó puxado por renas ganhou força. A figura do Papai Noel que conhecemos hoje foi obra do cartunista Thomas Nast, na revista Harper’s Weeklys, em 1881.

A estrela

A estrela na sociedade humana esteve sempre ligada como “bússolas naturais” das pessoas. Hoje os aparelhos de navegação evoluíram de tal forma que as estrelas se tornaram apenas ornamentos no céu, objeto de estudo. Contudo durante milhares de anos eram elas as responsáveis em guiar os navegadores pelos mares e os viajantes pelos desertos. Eram elas que indicavam a direção, o sentido, o porto seguro.

A estrela guiou os três reis magros Baltazar, Gaspar, Melchíor – desde o oriente até local onde nasceu Jesus para que pudessem presenteá-lo com ouro, incenso e mirra , é lembrada hoje pelo enfeite que é colocado no topo da árvore de Natal. E Jesus Cristo é a Estrela Guia da humanidade. Ele é o caminho, o Sentido, a Verdade e a Vida.

A vela

Por milhares de anos, até a descoberta da energia elétrica há 100 anos, a vela, a lamparina ou lampião a óleo, as tochas foram as fontes de luz nas trevas noturnas. A minúscula chama afugentava as trevas, a escuridão dando segurança e calor. Por isso na antigüidade alguns povos chegaram a cultuar o fogo como divindade. Jesus Cristo é a luz que ilumina nosso caminho: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). E “vós sois a luz do mundo … não se acende uma candeia para se pôr debaixo de uma vasilha, mas num candelabro para que ilumine todos os da casa. É assim que deve brilha vossa luz” (MT 5,14-16).

 

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